sábado, 6 de dezembro de 2008

continuacao

novas aventuras no http://digainasia.blogspot.com

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ironia

Pisei a estrada sem olhar, sem atenção, sem querer pensar em mais nada. A chuva batia-me na nuca e descia até às minhas costas. Na minha cabeça ouvia os barulhos de uma cidade turbulenta, senti o cheiro do pecado, vi reflectido o meu passado obscuro. Era o cinismo de um urbanismo deprimente, um jogo de luzes que me confunde. Atravessei a rua. Nos cafés as mesmas pessoas olhavam-me com desdém, com o desprezo de quem pertence à "sociedade de consumo", definição de um conjunto de indivíduos perdidos no meio da frustração de ter um objectivo comum. É o paradoxo de um individualismo colectivo. Ignoro-os enquanto abro a velha porta do número 5. Este ritual era-me familiar. Não sinto as pernas, olho para a rua vazia de pensamentos e despeço-me de todas as almas inanimadas que preenchem o cenário cabisbaixo da energia urbano-depressiva. Subo as escadas imundas que rangem criando uma música que podia bem ser a banda sonora do meu filme. Sento-me no último degrau e discuto com as paredes frias o porquê do meu destino. Elas não me ajudam, acho que ninguém me pode ajudar. Estático diante da porta dela o meu cérebro discute com o meu braço se devo ou não tocar. Eu não intervenho, deixo-os discutir enquanto vejo através da porta o quadro que lhe ofereci. Era bonito o quadro, transmitia-me uma sensação de segurança. O braço ganhou a discussão e bato confiante na madeira húmida. Os 20 segundos de espera foram suficientes para rever todos os momentos que passamos juntos, todos. Foram tantos. Momentos que ela esqueceu, momentos que eu guardei. Sorri quando percebi que ela não estava, a porta não mexia, o silêncio ocupava o ar. Desci as escadas enquanto mantinha um sorriso estúpido. Estava aliviado. A ironia de quem procura e não encontra. Ela não estava em casa. Ela não estava em casa.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Desespero

Uma névoa no horizonte reflectia o ar poluído enquanto abria a janela. Senti a brisa penetrar as narinas e entrar no meu cérebro livre de pensamentos, um arrepio assustador tomou conta da minha alma. Acendi um cigarro e abri o whisky velho que estava perdido num armário por debaixo de todos os pacotes de café barato que roubei há uns meses de uma desconhecida. A névoa invadiu o meu quarto por entre o fumo do cigarro. Pousei o copo sujo de pecado e agarrei desesperado a fotografia dela. Apaguei o cigarro num cinzeiro coberto de beatas que contam a história de uma vida desleixada. Liguei o vinil e deixei-me cair no sofá, era o ritual diário de que tenta esquecer aquela moldura. Acabo o whisky, atiro o copo para o balcão e penso em todas as vezes que ela disse que me amava, palavras falsas cobertas de uma transparência semelhante ao ar que respiro no espaço apertado do meu quarto. Levantei-me combalido até à casa de banho enquanto o meu peito desfalecia perante a imagem do cabelo dela a ser tocado por alguém que não eu. Tomei banho de água gelada. A música fazia-me lembrar aquele por do sol em que deitados fizemos juras de amor. Eu fiz, ela mentiu. Não senti o frio da água, não sinto nada, só queria que ela também estivesse a sofrer, que lhe estivesse a doer o coração como a mim, que sentisse os pés dormentes, as mãos duras. Sequei-me indiferente. As lágrimas já não caem, perdi os sentimentos, perdi o calor que tinha quando ela me segurava o braço e o sorriso dela iluminava o meu universo. Era um sorriso que fazia o sangue correr nas minhas veias, um sorriso que agora já não é para mim. Estou no chão de joelhos. A janela continua aberta e a brisa faz com que os papéis em cima da minha secretária dancem ao som de uma música estranha que parece pedir que acabe com o meu sofrimento. Visto-me sem qualquer tipo de preocupação, desligo o vinil e saio pela porta num andar perdido, calmo, psicótico. Tenho de a ver.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Portas, BAH!

"Quando uma porta se fecha, outra se abre", quem acredita em tal frase pseudo-metaforica devia estar no mesmo café coberto de drogas e álcool onde se encontram e discutem todos os românticos ignorantes, teóricos e idealistas, que escrevem sobre experiências que nunca passaram. Quando uma porta se fecha meus amigos, a única coisa que se abre é uma ferida. Se por acaso procurar-mos outra porta, ou eventualmente abandonar-mos a porta fechada, será na procura de apagar a magoa que deixou aquela porta trancada.

Sou um eterno revoltado (e apaixonado) contra os que acreditam que existe alguma explicação filosofico-romantica para qualquer coisa na vida. Diria que eu e essas pessoas mantemos uma relação de amor - ódio. A vida não é mais que uma passadeira de emoções, oportunidades e decisões. Não existem "portas abertas ou portas fechadas", existem chaves certas ou erradas. A chave certa irá abrir a porta certa.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Expresso Oriente

Na quarta fui tomar um copo com o meu caro amigo Francisco, chileno de origem, que passou os seus últimos 5 meses nos encantos da minha futura pátria. Recolhi informações extremamente úteis, começando por tomar conhecimento de que os chineses são dementes. Só assim a seco, são dementes e ponto final. Não discuti. Soube também que os chineses não têm cobertura pilar (não me vou pronunciar sobre as chinesas, considero territorio que nunca irei explorar - a Isabel lê o blog), surpreendem-se quando se deparam com a camisa aberta que mostra um peito ostententando uma quantidade suficiente de pelos que faz de mim / vos um Homem, e do Pombo um fenómeno. São pequenos e rapados estes amigos (?) de olhos rasgados. Disse-me ele também que os bares / discotecas encontram-se espalhados por vários andares de um qualquer prédio, e existem desde clubes de jazz simpáticos a discotecas de drogados com aquela música que me faz lembrar as obras do meu vizinho do lado. Eclético, como o Benfica. Por falar no melhor (e mais eclético) clube do mundo, Hong Kong tem um campeonato de futebol, melhor, com uma forma física aceitável (chileno's talk) jogas na terceira divisão. Não é brincadeira, o chileno jogava efectivamente numa equipa da terceira divisão Hong Kongonense (Hã?). Aspiro a um dia, com treino, dedicação e muito trabalho, jogar pela selecção de Hong Kong. O meu nome na altura será 說, curto mas catchy. Algo que me agradou saber também, foi que as praias fora do "centro" são muitas e paradisíacas, apanhas um barco com amigos (de 20 a 40) e passas um dia simpático de praia deserta em praia deserta pela módica quantia de 20€, parece-me bem, mal posso esperar para ver mar, sol, areia, e o tal barco.

Informação extra, e de carácter cultural, existe um Buda gigante em Hong Kong, faz atenção, Buda - Gigante, do tamanho do Colombo, logo o maior Buda do universo. Acho que se vê do espaço, é um Buda do ca*.

Até mais

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Sou alguém decidido

"Senta-te e pensa: é isso mesmo que queres fazer?"
"é."

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Os assasinos

Quem melhor para explicar. São vocês que fazem com que alguma coisa tenha sentido.
http://www.youtube.com/watch?v=mFl7fmOJ4ms&feature=related

Bad time

Vida é diferente de morte. Quando falo de morte, falo de uma morte com estilo, para ser recordada de geração em geração. Não é medo de morrer, é querer correr com pompa, uma morte enriquecida de valores há muito esquecidos. A tradição já não é o que era, dizem os cépticos, mas para mim a morte continua a ter um encanto fabuloso. Sempre que morres renasces, cresces para toda uma existência que perdeste em tempos de uma glória não evocada. Somos fruto da nossa experiência, árvore de encantos que cobrem a nossa imagem de um negro assombroso. É a morte, o fim a chegar perto da nossa presença, mas não é a morte como se conhece, é a morte que se recorda, que se fixa no imaginário e nos permite viver para todo o sempre. A morte que começa a historia que escreveu livros, a morte que acaba o que de bom foi levantado, o fim que nos acolhe com honra e orgulho.

Não te iludas com o tempo que vives, nada fará sentido se não morreres. A morte leva a que o fugaz momento em que te entregas se torne mágico, aquele instante em que te recordas e és recordado por uma presença ilusória numa realidade criada por um ser. Nunca te iludas. Nunca. Se não tiveres um final, nunca tiveste um começo. Ninguém arrisca uma aventura sem saber que ela irá acabar. Ninguém encontra motivação para fazer o que não poderá ser acabado. Cito: "Não comeces algo que não podes acabar". Referência de uma vida com um destino, a morte.

Enganados os que pensam que o período de experiência é uma oportunidade, não a temos. Olha à tua volta e descreve-me a justiça que procuras. Justiça? Que justiça? Perdão, justiça? Tremo de pensar nessa possibilidade.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Hã?!

Tu percebes que alguma coisa não está bem quando estás sozinho num bar Australiano a beber cervejas e a ver o Celtic - Manchester United com fanáticos das duas partes.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Liga dos campeões

Ora, o Gourcouff será dentro de pouco tempo um dos melhores jogadores do mundo. O número 19 do Cluj, de seu nome Culio, tem tudo para sair da Roménia e ser alguém na vida. O capitão regressou, a Roma acordou. Escandaloso o roubo em Anfield (honestamente estas coisas têm de deixar de existir na CL...). O Inter marcou 7 golos (José está a ficar maluco, o futebol italiano não é para todos). Sporting salva a honra do pais, os meus parabéns.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Resumo

Falemos então do jogo deste fim-de-semana. A chegada a Madrid não foi nada fácil, a equipa chegou cansada e com algum atrasado o que fez com que o reconhecimento do terreno para o jogo de sábado fosse mais curto, mesmo assim vimos a equipa confiante e motivada, notava-se a vontade na cara de cada um dos elementos, todos queriam estar bem para sábado e mesmo num curto espaço de tempo o rendimento foi incrível. A moral era tanta que os elementos chegaram a levantar a taça ainda na sexta-feira. No sábado tudo se confirmou, a equipa esteve impressionante, uma exibição das melhores a que já assistimos. Destaque para a força de vontade e sacrifício de DA e MA que se sacrificaram em prol do rendimento colectivo, em especial MA que acabou por marcar o golo da vitoria num lance em que teve uma grande ajuda da estrela DA. Em declarações finais AT disse: "Estava um jogo extremamente equilibrado, lances de parte a parte, jogadas muito perigosas e até algumas entradas duras, mas DA deu o empurrão que faltava à equipa e lançou MA para uma finalização quase perfeita num lance já estudado anteriormente.", acrescentou PB: "Foi um prazer estar neste jogo com esta equipa, dá gosto ver a forma apaixonante com que cada jogador disputa cada lance, o golo de MA é um grande exemplo disso mesmo.". O capitão AS não estava em si depois dos festejos: "é inacreditável o que fizemos aqui em Madrid, nunca pensei que conseguíssemos esta união e querer. Queria sublinhar a exibição do outro mundo de DA, já sabíamos que ele estava em grande forma mas tanto no lance do golo como no final do jogo na ajuda a manter o resultado, foi de uma entrega e esforço magnificas.".

E foi tudo aqui de Madrid.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Para ti, não te esqueças de mim.

http://www.youtube.com/watch?v=cdrCalO5BDs&feature=related

"O" jogo

A convocatória foi feita e logo se verificou que a equipa estava coesa e pronta para o desafio complicado que irá ter pela frente. A lesão de um dos principais elementos não destabilizou a concentração do grupo e a chamada de um substituto altamente motivado e agradecido pela oportunidade aumentou a vontade de ganhar e de dar um bom espectáculo no sábado. No balneário respira-se confiança, o grupo tem treinado na capital, com apenas um elemento a fazer trabalho específico na cidade luz. O treino de hoje será muito importante para ver a coordenação e interligação dos seleccionados e verificar a condição física dos mesmos, principalmente de PB, o elemento chamado com a preparação já em curso.
A evolução obtida no estrangeiro pela sua principal estrela DA pode ser um factor importante na deslocação a este terreno muito complicado. A resistência física e persistência de MA, o espírito de solidariedade e de partilha de AT, a inteligência e experiência de AS em conjunto com a imprevisibilidade e método de PB darão o toque final para o que pode ser um momento histórico para o nosso pais.

Voltaremos segunda-feira com a crónica do fim-de-semana, esperamos com uma vitoria da equipa de todos nos.

Frio

Com quantas letras se escreve azar? São quatro. E muito azar? E má sorte? Não vou contar as letras de uma ou mais palavras que descrevem a sina que acompanha os que de sorte carecem. A perfeição não existe mas pode ser um ponto de mira, a ilusão de que podemos ter tudo, ou pelo menos de que podemos atingir a nossa imagem de perfeição é por vezes o castigo por um positivismo estúpido e inútil. É a forma de agir de alguém que não conhece outra, a falta de sorte que acompanha uma cegueira optimista. Ver nos olhos de outra pessoa o que pode ser a perfeição, deixar de a ver, fisicamente não ter acesso ao olhar, guardar a mágoa do positivismo de que vai correr bem.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A verdade doi

http://www.record.pt/noticia.asp?id=810067&idCanal=3437

E se fosse só a nível do futebol...excelente artigo.

Sent by: Alexandre Teixeira.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A man with a plan

Perante um mundo cansado de excessos, de atrozes exageros na quantidade de informação e opinião, há sempre alguém que não se esquece de ser melhor que os outros.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Segredo

Vou contar-vos uma coisa, mas não digam a ninguém, um dia vou ter um bar de praia na Austrália.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Chuva

A chuva incomoda-me.
Não gosto de chuva e acordei com vontade de partilhar esta sensação de repulsa pelo fenómeno da pluviosidade. É deprimente e extremamente incomodo acordar, sair à rua e ver o chão molhado, o céu negro e as gotas a caírem de forma constante e cínica. A chuva é detestável em todas as situações, salvo num jogo de futebol, o prazer de sentir o peso da água a aguçar o sofrimento e luta num terreno pesado é apenas comparável a uma cuspidela de raiva num qualquer passeio do Marais. Ah, que sentimento de frescura.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Coisas que são fixes

Stomp, aconselho e recomendo. Muito bom espectáculo, simples, bem feito e com muito humor.

Oiçam isto, é português, tem estilo e merece: http://www.youtube.com/watch?v=cBjd0b9avgA

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Futuro

Os problemas existem para provar que os podemos ultrapassar. A vida é um teste, extenso, intenso, árduo. Existem inúmeras possibilidades de enfrentar os medos, dificuldades e obstáculos, a que eu gosto mais é a descontracção. Dito assim parece simples, banal, um acto isolado e eficaz. Não. Ignorar um problema ou simplesmente sorrir perante um cenário negativo é uma estratégia arriscada. Gosto de desafios, gosto de me deixar ir com o vento, acredito na naturalidade de um destino imprevisto. O vento é o veículo, mas nós seremos sempre o seu condutor.

A prova de que a estratégia que adopto é audaz está presente nas batidas, nos espinhos cravados que retirei com indiferença por entre uma dor sólida. O vento continua a soprar, o vento continuará a soprar sempre, para os que o querem seguir, os que o usam para o teste.

Ao contrário da escola o teste da vida não tem correcção, não tem nota, não tem um professor, é autodidacta. A liberdade de cada um não tem fronteiras, não tem limites, segue ilimitadamente a vontade, a força, o vento. É verdade que os erros neste teste têm consequências imprevisíveis, magoam, estimulam, motivam, destroem. Cada erro deve ser olhado com a maior das cautelas, com um sorriso na boca, com descontracção.

O erro é a melhor noticia que poderei receber no meu teste, o erro é o sinal de que posso melhorar, posso ir mais longe. Nunca olhei para um erro com arrependimento, nunca olharei. O erro é uma lição, é uma aprendizagem que irá tornar o nosso teste mais completo, mais maduro, melhor. Vou seguir o vento, continuar o meu teste e levantar-me perante os meus erros, os meus problemas, os meus defeitos, perante o que sou, o que serei.

A verdade é que dói, mas vai passar.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

UEFA

Hoje junto à torre Eiffel operação Benfica - ex-clube de Deus.

Hã? - Bis

No dia em que perceber as eleições americanas, explico-vos o campeonato de futebol brasileiro. Está prometido.

Trust

there is no-one left in the world

that i can hold onto
there is really no-one left at all
there is only you
and if you leave me now
you leave all that we were
undone
there is really no-one left
you are the only one
and still the hardest part for you
to put your trust in me
i love you more than i can say
why won't you just believe?

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Perfection

"kick out the gloom
kick out the blues
tear out the pages with all the bad news
pull down the mirrors and pull down the walls
tear up the stairs and tear up the floors
oh just burn down the house!
burn down the street!
turn everything red and the beat is complete
with the sound of your world
going up in the fire
it's a perfect day to throw back your head
and kiss it all goodbye!"

Eles são perfeitos. http://www.youtube.com/watch?v=dC4YQZbpo8M

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Xttttt

A vida é decidida por pequenas coisas. São apenas elas que fazem a diferença entre algo muito bom, muito mau ou indiferente. A sociedade "global", individualista, consumista em que vivemos faz-me debater se realmente devo seguir os meus valores. Os tais valores que representam as pequenas coisas, que fazem a diferença entre o homem e o animal. Se cada cultura tem a suas características próprias, há também quem se esforce em provar que existe um sentimento de grupo, seja ele Europeu, Africano ou Asiático. Eu pessoalmente odeio generalizações, odeio ser mais um, odeio ser comparado. No entanto, contradizendo-me, e aceitando um problema que me caracteriza, adoro rótulos. Globalizamos o mundo, revoltamo-nos contra a pobreza, a guerra, a ganância, a injustiça, revoltamo-nos contra os "outros". Eu não consigo exprimir uma opinião imparcial face aos diferentes assuntos, precisamente porque cada situação, cada pessoa, cada povo, cada cidade, tem qualquer coisa diferente, existe um motivo mais forte do que o que observamos egoistamente do nosso parapeito. Todos temos um motivo, uma razão, um objectivo. Não preciso que me julguem, não preciso que nenhum especialista em "assuntos" me diga o que devo ou não fazer, o que devo ou não pensar, é isso que faz de mim o que sou.

domingo, 21 de setembro de 2008

Ilustração



sábado, 20 de setembro de 2008

Uma semana

Percebi que há uma semana que não escrevo para os meus fieis leitores (dois ou três analfabetos que por azar têm internet). Ao contrário da maioria das semanas passadas na França esta foi agitada. Agitada não, estúpida, também não foi bem estúpida, foi regada de emoções, como é que se diz? Ah, sim, emocionante.


Tomei decisões. Eu. Estão a ler o que eu estou a escrever? Eu tomei uma decisão, aliás várias. Eu. Não me aguento de orgulho, todo eu sou orgulho. Quando vou à casa-de-banho não faço o chichi, faço o orgulho. Consegui enganar uma quantidade de pessoas relativa (suficiente para se considerar um trespasse) e prolonguei o meu contracto na boite onde me encontro até ao final do ano. Uma ligação provisória que me permite auferir uma boa quantia de € e que me deixa numa posição de falso conforto que adoro manter. Primeira decisão. A segunda decisão é confidencial, guardo-a para mim, para a quem eu já contei, para alguém que se interessa. Pista: a casa vai ficar mais pequena. A terceira é onde a coruja faz o ninho, é onde o camelo mete a pata, é o orgulho de um pai. Atirei-me (literalmente) de uma ponte de 103 metros atado por uma corda (sou esperto ou quê?). Acho que lhe chamam Bungee Jumping, eu chamo-lhe Estupidez. Alguma vez já pensaram: "Qual é a coisa mais idiota que posso fazer na vida?", eu sim, e achei que saltar de uma ponte fosse a resposta. Estava certo. Passei por 3 fases: 1) "é hoje" => sabia que ia saltar, sentia o medo mas não me encontrava no local. 2) "é aqui" => olhei para baixo, senti o medo, não queria saltar. 3) "fodasse" => vi alguém saltar. Pânico. Indescritível, não fazia outra vez (a não ser se estivesse muito motivado) mas acho que todos o devem fazer uma vez na vida.


Acho que não tenho mais nada para dizer. Ah, sim. Oiçam a musica numero 8 do cd do Jamie Lidell.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

2009


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Adeus

Olho através da janela a rua molhada, está coberta de folhas pisadas, estranhos vagueiam sem nexo por entre uma névoa misteriosa. Pouso o copo do whisky violentamente sobre a mesa de madeira velha, destruída pelo tempo, passámos bons momentos, eu e ela. A cadeira range enquanto preparo outra dose, o eco do líquido ocupa toda a sala, a janela abre-se numa brisa passageira. É a minha despedida. Agarro no meu caderno vazio de ideias, reparo nas páginas brancas, ocultas de pensamento, e deixo cair os braços. A caneta usada passeia-se nos meus dedos enquanto eu me lembro daquele dia. A minha tentativa de apagar a memória numa garrafa de sonhos foi inútil, a imagem da dor persegue-me, o cair da noite na minha janela intensifica o meu sofrimento. Deixo-me cair, um peso morto, sem coração, sem força, sem vontade, sem coordenação, apenas com aquela imagem. Fecho os olhos, despeço-me.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Tranquilidade

Depois de dois dias de rock e um derby, nada como um dia de repouso em boa companhia.

Ilustração em breve, e quando falo de rock minto, Justice seja feita.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Há Rock no Sena

Corrijam-me se estou enganado, mas num concerto não é suposto dançar, saltar, gritar? Pelo menos da última vez que estive num era assim. Das duas uma, ou estou a perder a minha visão, ou não estava suficientemente bêbedo. Pelo menos uma delas vou mudar hoje.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Ferido


Take it slow
Take it easy on me
And shed some light
Shed some light on me please
Take it slow
And shed some light
Shed some light on me please
My moon and me
Not as good as we've been
It's the dirtiest clean I know
My care, my coat
Leave on a high note
There's nowhere to go
There's nowhere to go
Take it slow
Take it easy on me
And shed some light
Shed some light on me please
Take it slow
And shed some light
Shed some light on me please

Ah Ah Ah

"Hay dos formas de entender este tipo de trofeos. Como fiestas o como obstáculos. Y el planteamiento se formula desde que se cursa invitación al rival. Si convocas a Bayern, Inter o Ajax, como era costumbre hace 30 años, corres el riesgo de sufrir un revolcón. Si cuentas con el Sporting de Lisboa o la selección MSL te aseguras un buen rato. Y eso vivió el Bernabéu anoche, una fiesta." retirado do jornal AS.

é isto o Sporting.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Vira o disco e toca o mesmo


Os jogos olímpicos terminaram e o Camilo e a Lui partiram juntos para Lisboa. Não é justo tirarem-me tantas coisas ao mesmo tempo.

Jogos Olímpicos: uma palavra de apreço para o Nelson, grande prova, grande carácter, grande orgulho, és o maior. Phelps = Deus (afinal ele existe, e nada de car*), bem roubada uma das finais, mas ele merecia. Bolt = Extraterrestre, a final de 100 metros foi embaraçosa para quem lá esteve e não se chamava Usain Bolt, e os 4x100 metros jamaicanos foram demolidores. À China, os meus honestos e sinceros parabéns, pela cerimónia, pela performance e por toda a organização, o dinheiro investido ajuda, a mentalidade também, a ditadura também, e o Tibete é a cereja no topo do bolo. Ah, o Tibete.

Pedro Camilo e sua Lúcia: descobri uma coisa com a estadia de tais personagens (para além de que o Emílio me faz falta), tenho na minha vida, metaforizando, hiperbolizando (e tudo e mais alguma coisa acabado em ando - com a excepção de Fernando e trauteando), que tenho um anjinho bom e um diabo mau, são eles, respectivamente, o Emílio e o Miguel. O Emílio traz estabilidade, quando eu tenho uma ideia extremamente parva ele chama-me à razão, quando tenho duvidas entre fazer a maior estupidez do mundo ou ficar como estou, ele sugere ficar como estou, é o meu lado bom, o lado em que não arrisco, o lado em que estou seguro. O Miguel é exactamente o oposto (e por isso eu gosto tanto dele - sem desvalorizar o Emílio - sempre gostei mais do diabo do que do anjo, até porque considero o primeiro bem mais real que o segundo), a destabilização, a voz do pecado, o incentivo a fazer a coisa mais estúpida, a arriscar sem pensar no final. Digamos que no preciso momento estou a encontrar o equilíbrio, talvez a palavra mais utópica jamais inventada (e esta existe em todas as línguas, não é como "saudade", essa só nós é que compreendemos).

Sabem qual é a maneira mais bonita de se suicidarem (quando digo bonita estou a menosprezar tal obra de arte, não é bonita, é perfeita)? Eu digo-vos: Feist - The Reminder. Adoro tudo, a perfeição encontrou a Feist. Já sei quem será a mãe dos meus filhos, e qual a banda sonora.

Até mais fieis leitores

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Destino, palavra pesada


A altura é de decisões. Fala-se sério na vida de Diogo Andrade (falo na terceira pessoa porque sinto que alguém tomou de assalto a minha cabeça). O futuro intriga-me, ou ao Diogo, no fundo acho que nos intriga aos dois. E se eu não acredito no destino, o Diogo está convicto que "isso" existe. Eu não acredito no destino porque estou convicto que nós temos controle absoluto das nossas decisões, vontades, somos nós que controlamos o destino. O Diogo acha que existe "alguém" que redigiu a nossa história, alguém que já sabe o nosso futuro, que sabe as nossas decisões, vontades. Eu pessoalmente acho o Diogo estúpido, mas ensinaram-me a ser tolerante - cuspo no chão. Para quem acredita no mesmo que o Diogo faço-vos um enorme e magnifico manguito e aconselho-vos a mudarem de estratégia, vocês estão enganados, e este Diogo começa a irritar-me.

No que ao futuro diz respeito, os caminhos que traçamos são extremamente sinuosos e as alternativas demasiadas. "Estás no centro da Europa" diriam os meus queridos leitores, eu sinceramente acho que não. Aliás, não quero é saber, quero estar no centro do meu pensamento, da minha vontade. "Queres ser importante, rico, conhecido, Diogo?", não, quero é que ninguém me julgue, que gostem de mim como sou, quero ser feliz (e, se não for pedir muito - este ano portei-me bem - que o Benfica seja campeão, a equipa até nem é má de todo). A felicidade alterna de pessoa para pessoa, inacreditavelmente neste capítulo eu e o Diogo estamos de acordo, a felicidade para nós é a mesma. Agora vocês estarão a pensar (ou não) "mas como pode o Diogo ser feliz acreditando no destino?", não sei, perguntem-lhe a ele.

Relatividade, palavra que irrita a maioria dos cépticos (e os judeus também - cuspo no chão), mas que pode ajudar a fugir à maioria das decisões / opiniões. Quando não sabes o que fazer ao teu futuro (destino para o Diogo e outros idiotas, crentes de uma força maior que a do Phelps), dizes "o meu futuro? Isso é relativo.", funciona perfeitamente, como a sobejamente conhecida: "um defeito meu? Teimosia". A relatividade enerva-me, nada é relativo (para vocês, cambada de filósofos, intelectuais agarrados a ideias que se contradizem umas às outras), nós é que tornamos as coisas relativas, geralmente (99% das vezes) quando nos convém. A relatividade serve para adiar o inevitável, serve para ganhar tempo, se achas ou queres alguma coisa diz, make a stand, se relativizares estás a dar a hipótese a alguém de ser feliz com a tua opinião. Não deixes ninguém ser feliz por ti, sê feliz com o que tens e assume a tua felicidade. E depois disto, não me venhas falar no destino, puto estúpido.

Alors, s'il vous plait, je vous en prie.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Nigga Power

1. Queens get the money
2. You can't stop us now
3. Breathe
4. Make the world go round
5. Hero
6. America
7. Sly fox
8. Testify
9. The slave and the master
10. Untitled
11. Fried chicken
12. Project roach
13. Y'all my niggas
14. We're not alone
15. Black president

A visão negra da historia dos Estados Unidos. NAS conjuga excepcionalmente letras agressivas de carácter racista (um racismo a que não estamos habituados, o negro) com beats melódicos e muito bem conseguidos. Para quem gosta do estilo é uma excelente sugestão.
Single: http://www.youtube.com/watch?v=DirBbksulqQ
Conselho pessoal: http://www.youtube.com/watch?v=ahoQh5BrdFA&feature=related

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Achado

http://www.youtube.com/watch?v=sKHsQbMDiaQ

O problema é que estou mesmo a gostar da musica.
p.s. descoberto em blog de Markl

8 ou 80

Os franceses são de extremos, ou são antipàticos ou muito antipàticos.

Champagne

No fim-de-semana reunimos uma equipa de 4 pessoas, constituída exactamente pelos mesmos elementos que enfrentaram o trauma do biberão, caso para dizer: "em equipa que ganha não se mexe".
Adivinhavam-se 2 dias cansativos e cobertos pelo charme e classe da bebida mais glamorosa do mundo, o "Champagne". A parte do cansativo ficou bem expressa quando eu e o Diogo (o original) saímos do showcase às 5 e qualquer coisa da manha sem conseguirmos expressar uma palavra, a partida para Reims fazia-se perto das 8 e meia da manha em Montparnasse e eu nem em condições estava para chegar à minha cama, quanto mais aquela torre horrível.
A viagem de carro foi um pouco complicada, com alguns erros de caminho pelo meio lá chegamos ao destino de sonho para os amantes da bebida com bolhas. Ora acabados de chegar e com fome procuramos um restaurante. Presunto, "champagne à decouvert" e uma massa bem preparada foi tudo o que queríamos. Seguimos para a visita às caves de Pommery, interessante, personalizada, desde já dispensáveis os objectos de arte contemporânea expostos no caminho das caves (tirando a cena dos pássaros, estava no mínimo genial - guitarras eléctricas ligadas a colunas eram poiso para umas dezenas de pássaros que ao tocarem nas cordas emitiam sons do rock moderno). Fiquei a saber que o processo de fabricação do champanhe é muito interessante, demoroso e complicado. As garrafas ficam fechadas por uma carica durante cerca de 30 meses (no caso dos melhores champanhes poderão ficar bastante mais tempo), de seguida é introduzido num processo particularmente complicado (não percebi muito bem), levedura e açúcar (de referir que presente estava apenas vinho branco) que irão dar origem à gaseificação. Claramente dei a versão simplificada, de referir que a explicação foi dada em francês.
O jantar foi de tapas (nada de especial) acompanhadas por...champanhe. A chegada à pousada foi tranquila ainda com lugar a uma xixa com champanhe, está claro. O Domingo foi calmo, almoço de pizza e visita às caves de Mercier por entre um caminho de carro muito bonito, muita vegetação, bonitas vistas, várias produções de champanhe e rios no meio de populações.
Que bom fim-de-semana em óptima companhia. Refiro para os mais distraídos: Fi (aka Nandinha, qualidade: paciência; defeito: não beber champanhe), Diogo I (aka Goldorak, qualidade: adorar champanhe; defeito: viver na Bélgica), Ben (aka Anan, qualidade: simplicidade; defeito: ser francês) e Diogo II (aka Speedy Gonzalez, qualidade: são demasiadas para referir; defeito: modéstia).

S'il vous plait, je vous en prie.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Dance Baby!



1. Death to Los Campesinos!
2. Broken heartbeats sound like breakbeats
3. Don't tell me to do the maths
4. Drop it doe eyes
5. My year lists
6. Knee deep at ATP
7. This is how you spell
8. We are all accelerated readers
9. You! Me! Dancing!
10. ...And we exhale and roll our eyes in unison
11. Sweet dreams, sweet cheeks

Aqui está um cd que consigo ouvir há praticamente mês e meio sem me fartar. As duas vozes encaixam bem, as musicas são divertidas, o cd não é longo, as musicas são fáceis de ouvir, os títulos são originais e acho que é tudo. Não, espera, vamos dançar?

Destaque para "You! Me! Dancing!" (http://www.youtube.com/watch?v=Nj6SO_yKMe8), não por ser a melhor, mas por ser uma boa introdução ao mundo dos Campesinos!. Atenção ao video clip, toca na genialidade.

Por favor divirtam-se. Alors, s'il vous plait, je vous en prie.

p.s. já vos falei no biberão?

Porquê?

Vou partilhar com vocês o que foi para mim uma experiência diferente, estranha, pode ter mesmo chegado ao nível do surrealismo. A convite da minha ilustre sister resolvi aceitar de bom grado a seguinte sugestão: "queres ir a um bar com jogos de sociedade?", "porque não" - pensei eu no alto da minha ignorância, nitidamente sem saber o que me esperava. Depois de um jantar tranquilo numa creperie, até poderei dizer divertido e construtivo, com a referida sister, o "seu" ben e o Diogo (o original), dirigimo-nos ao citado bar de jogos de sociedade. Como é que eu vos vou descrever o que senti...espera...deixa-me encontrar a melhor palavra...já sei! : "FODASSE!". O bar estava coberto de quadros dos mais diversos desenhos animados, repleto de bonecos dos mesmos, mesas coloridas e dois rapazes com ar de gay/geek atrás/por todo o lado do balcão. Entramos tímidos e, sem tempo para perguntarmos o porquê da decoração ou mesmo da banda sonora (nada mais nada menos que todos os jingles da nossa infância - ao jeito do piano de Charlie Sheen), um dos "meninos" apresentou-nos a lista de bebidas em que, cada dita cuja era representada por uma personagem da BD. Acham que se pedia uma bebida pelo nome? Naaaaaa. Foi-nos dado um quadro com uma caneta e uma "esponja" (quote from nandinha, 3rd act) e cabia-nos a nós desenhar a personagem que correspondia à nossa bebida. Até aqui tudo ia mais ou menos, como é que me hei-de exprimir...bem. Ora depois de desenhar o speedy gonzalez (uma verdadeira obra de arte) e explicar ao "menino" que de facto tinha desenhado o speedy gonzalez (tal era genial o meu bonito mexicano - Olé!) ele traz 1 biberão, sim - respira fundo - um biberão, com tequila e batido de banana. Dei por mim a "tentar" jogar ao olho do cu e ao trivial pursuit enquanto chupava (não vos passa pela cabeça o que é difícil beber por um biberão) um cocktail de tequila e banana.

O que é que se passou mesmo ontem à noite? Não sei, mas lembro-me de entrar em casa há meia-noite e pouco com um biberão vazio.

p.s. não gostam da palavra biberão?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Afrika Power

1. Death
2. Heartbeat
3. Mind vs. Heart
4. Suffri
5. Come with me
6. Gypsy
7. Halfcast
8. Something to say
9. Streets lack love
10. Niger Delta
11. From africa 4 u
12. Running away
13. Focus
14. Kangpe
15. Walking

Verdadeiro fenómeno, grande voz, boa musicalidade, a lembrar Lauryn Hill, mas em bom. Destaque para Heartbeat (http://www.youtube.com/watch?v=55iKcw6sbPU) grande música com apetite africano, aliàs como todo o cd de Nneka. Presença garantida no Sudoeste, a não perder, para quem lá vai (sim, estou chateado, sim, queria lá estar, sim, vou sentir falta). Infelizmente o concerto é ao mesmo tempo que o de Goldfrapp, mais uma vez a divisão de palcos é duvidosa...

Outro destaque musical do dia vai para Asa, mais uma jovem africana talentosa, oiçam Jailer (http://www.youtube.com/watch?v=0pfiwtl3OhM&feature=related) com atenção e digam-me se não merece a minha bênção.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Super Saca

Esqueci-me de dirigir uma palavra de apreço para o nosso "Saca". Tiago Pires foi até à semifinal na Indonésia eliminando pelo caminho o "rei" Slater, que esta época, antes de Somewhere, tinha ganho 4 em 5 etapas. Tiago Pires dá então um salto gigante na tabela dos "melhores do mundo" para um honroso 27° lugar no seu ano de estreia.

Uf!

Alguma vez se depararam numa mesa a almoçar num grupo e a manter uma conversa super interessante durante 1 hora com um verdadeiro paneleiro? É verdade, aconteceu-me a semana passada. Como é que estes indivíduos fazem para ter tanta cultura e classe que nos dá vontade de falar de história, desporto, actualidade, politica com eles? Caramba o gajo sabia de tudo, pior era cativante a forma como falava com a mesma paixão escondida da historia de Paris e do Aimar. Há algo que o mundo ainda não consegue explicar, é que para ser paneleiro é preciso ter cultura, classe, inteligência, boa aparência, integridade e, esta é que realmente eu não consigo atingir, apanhar no rabo.

Mudando o assunto, com o claro objectivo de afastar a remota ideia que reside na vossa cabeça de que eu poderei estar interessado em homens, alguém já reparou que todos os gajos carecas (ou com grandes entradas), com uma pasta na mão (aquelas clássicas, castanhas, bem "old fashion") e com um fato velho, são TODOS tarados sexuais? Falo mesmo de tarado, não é um qualquer perverso, é mesmo tarado. Estes senhores olham para as mulheres no metro como eu olho para o Benfica a jogar, ou seja a espumar da boca, com os olhos arregalados, como se estivesse perante algo inexplicável. A agravar a situação, está a autêntica ausência de critério do tarado, ele olha da mesma forma para uma rapariga de 20 anos bem feita e bonita como para uma velha de 60 anos feia e com os seios descaídos. É intrigante...


E a traição? Sim vou escrever sobre a traição. O que para mim a traição? Difícil de explicar, complicado de definir. Eu diria que a imagem mais forte que temos da traição é a do homem chegar a casa e apanhar a mulher com outro. Ou vice-versa, apesar do homem optar mais pelo hotel. Neste "pequeno" capítulo, como em quase tudo na vida, a mulher é muito mais cruel. A traição tem por isso um toque dramático, diria até cinematográfico, carrega uma emotividade negra. A traição pode acompanhar uma pessoa toda uma vida, nunca se esquece. Atenção, para os mais desatentos, a traição só existe quando de facto a pessoa traída tem conhecimento de que a mesma existiu, se as coisas forem bem feitas não existe qualquer traição. Há também uma diferença entre a traição masculina e a feminina, para alem da crueldade, a mulher geralmente trai com o coração, o homem trai com a cabeça inferior. A mulher quando trai está consciente, ela sabe que algo mais que o físico a atrai na pessoa escolhida, o sentimento move-a a trair. O homem é um primata, o homem segue o instinto, não precisa de saber o nome, a idade, ou ocupação profissional da vítima, move-se pelas hormonas. Para encerrar o assunto traição, algo que gostava de clarificar, prende-se com a traição da mulher com outra mulher, traição? Isto não é traição nenhuma, é um verdadeiro achado, aproveitem se vos acontecer.

Termino com o assunto mais importante de todos, a minha situação profissional (nada tem de homossexual, também não vou rapar o cabelo e comprar uma pasta, nem muito menos fui traído). Na semana passada ficou decido (praticamente) que ficarei até ao final de 2008 em Paris, mudando logicamente as condições de trabalho (€) existentes, e em Janeiro partirei para Genebra, abraçando assim um novo projecto da Eurosport, é arriscado mas poderá dar-me a oportunidade de fazer realmente o que quero. O projecto pode não correr bem, é certo, mas eu sairei sempre a ganhar, pela experiência, e pela liberdade e responsabilidade que me será concedida. Vamos ver se tudo se confirma esta semana, assim espero.

"E como foi o teu fim de semana?" - perguntam vocês. "Olha, sexta jantei por casa, fui ao chez george beber vinho com o Rodrigo, conheci o Pedro de Braga que xinou metade de Portugal, e depois fui ao show case." - digo eu, calmo mas pronto para explicar o sábado e domingo. Antes vocês questionam, talvez intrigados: "O show case estava muito cheio?", eu digo com um ar cansado: "Nem sei bem, lembro-me de acabar no back stage a beber champanhe com os dj's e o Rodrigo", continuo: "Sábado acordei já tarde, liguei ao Peixeiro e, puf!, fomos almoçar com a Rita e a Vera a um italiano.", "E depois?" dizem vocês curiosos, "Depois fui para casa, fiz o meu jantar por entre musica e vinho, e fui ter com o Nuno há mesma rua onde almocei e, curiosamente, acabamos no chez george com mais vinho e muita conversa, na companhia da Vera e Rita, again" - disse já incomodado com tantas perguntas. "Foram sair entretanto?" - perguntam vocês ansiosos, e eu digo seguro de mim: "O Rodrigo juntou-se a nos e fomos para a Favela, foi dançar até cair.". "Domingo estive a passar camisas, a ouvir musica, a ver o Arsenal - Real Madrid e a cozinhar massa com cogumelos e queijo e ovos." - disse sem vos deixar perguntar mais nada porque estou farto das vossas perguntas de merda.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Objectivo


Ternura


quarta-feira, 30 de julho de 2008

Timing

é algo que nunca existiu na minha vida. desta vez menos, tinha mesmo de ser agora?

quinta-feira, 24 de julho de 2008

De génio

http://www.youtube.com/watch?v=zNbhSauNYGI&eurl=http://comedyfever.blogspot.com/2008/05/os-comtemporneos.html

The answer

Descobri que o mundo é demasiado pequeno para mim. Parece grande, cheio de culturas diferentes, paraísos gastronómicos, paisagens incríveis, mas não. É pequeno, sufocante, é no fundo uma pequena esfera (sei de fonte segura - logo não foi no wikipédia - que o planeta onde vivemos tem esta forma) colorida, onde em pequenos pontos podemos ver montanhas, monumentos, estradas e outras construções humanas (eu sei que as montanhas são parte da natureza, não se preocupem caros fieis leitores). Neste pequeno globo existem milhões de pessoas que procuram uma identidade, uma maneira de serem felizes no pequeno (minúsculo) ponto onde se encontram. Formam-se sociedades, culturas, partidos, equipas, grupos de indivíduos que procuram uma justificação para estarem todos reunidos nesta bola. O que é que todas estas formas de vida procuram? Uma resposta. Todos nós, no nosso trabalho, nas nossas viagens, na nossa família, na nossa casa, no nosso circulo, em cada loja, em cada pequeno edifício, no meio de uma qualquer floresta, numa estrada, num caminho, procuramos A resposta, a que justifica a nossa vida, o porquê de nos unirem nesta esfera diabólica, o porquê de estarmos felizes, tristes, irritados, desiludidos, frustrados, deliciados, satisfeitos, cansados, porquê? Sem nunca ter procurado nos inúmeros livros filosóficos que abordam o tema que move o mundo, eu encontrei A resposta, é A minha resposta. Não pesquisei, não me informei, encontrei A resposta por acaso, num encontro ao acaso, num qualquer sítio, num qualquer momento.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

The Way, my Way, my Hope

Passo no caminho estreito e destruído, a tua imagem faz-me não desistir. A luz no fundo do túnel, a esperança por trás da sinuosidade de um percurso quase impossível. Estiveste sempre lá, avisaste-me todas as vezes, na minha cabeça ecoa a tua voz doce e protectora. A tua voz como um raio que atravessa o meu corpo e me deixa exposto às dificuldades do exterior, do caminho. Sem saber porquê, como ou quando, pinto-me num quadro feliz, com uma escuridão assustadora que me transmite uma imensa tranquilidade. Não duvido que o caminho seja a minha cruz, o caminho tão estreito com que me deparo, onde mecanicamente o meu corpo se supera, como se alguém procurasse que chegue ao seu fim. Este caminho de espinhos, obstáculos que ultrapasso com a suavidade da tua mensagem, com a doçura da presença ausente do teu sorriso. Uma esperança, uma esperança, é o que nos move, o que nos motiva, é o que me leva a percorrer forte e sereno o caminho que complicou a minha saída. E que caminho.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Fear is the heart of love

"If Heaven and Hell decide
That they both are satisfied
Illuminate the NOs on their vacancy signs

If there's no one beside you
When your soul embarks
Then I'll follow you into the dark"

http://www.youtube.com/watch?v=sfBw0IWwO5U

Hã? O regresso

Não compreendo porquê, mas sei porquê. É como não perceber como, mas saber como. Sei que pode parecer confuso, até pouco transparente, é como querer mas não apetecer. Pensando melhor não é assim tão pouco claro, é talvez abstracto. No entanto, mesmo não estando completamente a par, posso dizer-vos que estou perfeitamente consciente de que sei a razão. Só não sei o motivo, mas percebo a motivação. Concluindo, não percebo nada.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

RIP III

http://www.youtube.com/watch?v=cdrCalO5BDs

Não, não quero falar sobre isso.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Hã?! Duh !

Não percebeste o que é mergulho de garrafa? Não que tenha muita lógica (eu adoro dizer coisas completamente disparatadas, sou capaz, imagina tu, de estar para aqui a escrever coisas perfeitamente inúteis, estúpidas e sem sentido durante meia hora, é um dom que tenho, Deus deu-me esta oportunidade e eu, mesmo não sendo religioso, até porque a religião me deixa mais confuso do que os textos tresloucados que escrevo, respeito a vontade do Senhor, por falar Nele, nunca percebi porque lhe chamamos Senhor - muito menos a letra grande antes de qualquer referencia ao Gajo - se o Vale e Azevedo, para alem dos vários apelidos que tem é Senhor Doutor, é estranho, onde está a lógica de um crápula - que insulto tão original e pouco comum - como o Vale e Azevedo ter mais apelidos e títulos que Deus, o Próprio e Único. Deus devia ser Deus Espírito Santo d'Avellez e Valle, e quando nos dirigíssemos a Ele devíamos trata-Lo por Excelentíssimo Senhor Doutor Engenheiro Deus Espírito Santo d'Avellez e Valle.)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

RIP II, o regresso aos vivos

Às vezes pensamos nas coisas a que damos valor na vida, achamos ridículo o materialismo que invade, involuntariamente, o nosso subconsciente. Os últimos dias fizeram-me dar valor a algo que muito estimo e que o dinheiro não corrompe (ou pelo menos eu quero acreditar que não): a amizade. Evitando falar no obvio, nas pessoas que nos conhecem há anos e que nós sabemos que estarão connosco por muitos mais e que "no mather what" não nos iremos privar delas, queria destacar 2 pessoas que neste momento me apoiaram e me deram o conforto necessário para que Paris não seja um pesadelo (não é de agora o vosso apoio e proximidade, meus velhos resistentes), a minha "namorada" de seu nome David (sim, eu sei que não lês o meu blog, também não me interessa, vives a minha vida portanto não precisas de ler mais nada...) e a Isabelinha, que conseguiu arrancar os primeiros sorrisos do meu passado recente, e sim, eu sei Isabelinha, que não me vais deixar sozinho - foi querido teres deixado cair uma lágrima quando eu fui para casa ontem (mesmo sendo da tua constipação fiquei extremamente sensibilizado).

É meio lamechas e exagerado o meu pequeno texto, eu sei, mas dêem-me um desconto, estou com as emoções à flor da pele, desta vez custou-me deixar Lisboa. Não me perguntem porquê, talvez por tudo ter sido tão "perfeito", talvez por outras razoes, talvez porque eu sou um idiota (citando Miguel Amaral, esse poeta perdido no tempo e no espaço, mas que eu muito estimo). Vivemos tempos de tempestade, pessoas que abandonam o barco parisiense e deixam um buraco nesta cidade maravilhosa, pessoas que devido a causas amorosas e laborais inevitavelmente se afastam deixando um buraco no meu peito (sim Nuno, volta, estás perdoado), pessoas com quem mantemos uma relação amorosa e nos deixam por uma qualquer capital hispânica (posso ir para Madrid também Magboulé? Eu sei que não lês o meu blog), pessoas que deixamos na nossa terra e que tanta, mas tanta falta nos fazem (chamados amigos que não escolhemos, aceitamos), enfim, tempos de tempestade.

É no meio de uma turbulenta chuva com trovoada alojada por cima da minha cabeça (sim, como nos desenhos animados) que me despeço de vocês, com uma amargura natural de quem tem coração lusitano, onde a saudade abrange um povo e uma cultura. Gosto de vocês, pessoas que preenchem a minha vida.

terça-feira, 15 de julho de 2008

RIP

http://www.youtube.com/watch?v=uvKA7fKGlAs&feature=related

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Hoje

Hoje estou sensível, por favor pensa antes de dizeres alguma coisa. Não sei se sou só eu, se é a minha memória que se perdeu. Não me faças mal, se tens de fazer isto faz sem eu me magoar, faz sem eu o sentir. Hoje estou sensível. Sinto a brisa matinal entrar pelo meu peito, gela-me o coração. O sol já não ilumina o meu caminho, ele está cinzento, triste e solitário. Não me digas o que pensas, eu hoje estou sensível. As folhas passam pelos meus pés e ignoram a minha presença, elas não querem saber, elas também te pedem para pensares. As árvores baixam-se perante a ansiedade, perante a minha presença indiferente. Estou sensível. Sinto que uma palavra tua pode deixar cair as montanhas no meu corpo suspenso no ar, não estou preparado para ouvir, não hoje. Não sei porquê, não quero perguntas, não quero respostas, quero-te em silêncio, a meu lado. Hoje não consigo pensar que não és minha, quero ficar imóvel e sentir o cheiro do mar misturado na tua pele. Estou sensível, o mar sente, sente a minha fragilidade, sente o poder que tens sobre mim. As ondas vêm leves e beijam os meus pés arrepiados e nus, peço-lhes que não me deixem, que tragam a tua lembrança. Não me digas o que pensas, a tua ausência é para mim tudo, é o que tenho e vou-me agarrar à memória, a que não tenho. Estou perdido num jardim de emoções que não conheço e não quero sentir que não estás aqui. Estou sensível, senta-te ao meu lado, não me digas nada.

http://www.youtube.com/watch?v=0gVxRvNfFLg

terça-feira, 8 de julho de 2008

Ciclo da vida

A vocês também vos irritam as relações? Ora analisando as coisas friamente - que é como tudo deve ser analisado - a relação entre duas pessoas - digo pessoas porque hoje em dia serei acusado de discriminação se falar apenas do amor heterossexual - segue um padrão entediante, onde se perderam valores e respeito. O inicio é verdadeiramente extraordinário, tudo parece correr bastante bem, ambos os intervenientes - espero não estar a discriminar os adeptos do "ménage a trois" - ignoram os ciúmes, toleram todos os defeitos, fazem tudo o necessário para deixar bem o/a seu/sua companheiro/a. É no inicio da relação que gastamos todos os créditos, não largamos a pessoa em causa - ou animal, ouvi na televisão que agora também se podem ter relações com animais, peço desculpa pela discriminação - sufocamos o/a nosso/a companheira por forma a mostrar o quão apaixonados estamos. Passemos à fase seguinte, a saturação, é a minha preferida. O primeiro sintoma verifica-se quando num esporádico encontro com os nossos amigos - esporádico porque nos últimos tempos temos andado ocupados com a/o nossa/o companheiro - dizemos depois de 10 cervejas: "Não posso com a merda do melhor amigo dela" ou "Aquela forma de coçar o ombro dá-me vontade de a/o matar". É aqui que as coisas começam a complicar, deixam de estar tantas vezes juntos, discutem por culpa de um garfo, insultam tudo o que os rodeia, mas ainda têm uma tábua de salvação, na cama tudo funciona bem. É então que passamos à terceira e ultima fase, é semelhante à segunda - talvez com mais insultos e menos tempo juntos - mas já nem o sexo funciona. A terceira fase termina oficialmente quando depois de uma reunião com os amigos - e em vez de 10, bebem-se 20 cervejas - dizes: "Que se lixe a minha ex-namorada/o, aquela/e gaja/o não é para mim".

Qual é a piada disto? Só há uma coisa para a qual preciso de encontrar uma saída, quero ser pai. A data está marcada para o próximo ano, o ideal será convencer uma rapariga inteligente, bonita e em que eu tenha confiança, a ter um filho meu e a criarmos o miúdo num clima de amizade e amor (obviamente sem termos uma relação). O plano está feito, tenho de arranjar alguém que alinhe, não vai ser fácil, por dois motivos muito fortes: 1) Não há raparigas inteligentes e bonitas; 2) contudo se houvessem, seria extremamente difícil convence-las a ter um filho meu. Acabarei portanto por ter um filho com alguma rapariga ou bonita, ou inteligente ou feia e burra.

Ainda tocando no tema das relações, nunca percebi porque é que as pessoas por e simplesmente não ficam amigas e estão juntas de vez em quando. O que atrapalha é apaixonarmo-nos, mas isso está completamente fora de moda, entrar numa relação não é cool. Eu estou a tentar destruir os meus sentimentos, estou num processo complicado mas realista.



Até breve Lisboa.


sexta-feira, 4 de julho de 2008

No comments III


terça-feira, 1 de julho de 2008

Death Cab For Cutie

"An eight minute-plus epic, "I Will Posses Your Heart" relies on a steady, chunky bass line as a mixture of ethereal, amorphous piano rattles and woozy guitars fire in the background. Some four minutes into the song, Gibbard's squawk finally enters: "You gotta spend some time, love / You gotta spend some time with me / I know that you will find love / I will possess your heart." Lyrically familiar? Most definitely. But sonically, that's another story. "

é demasiado bom para ser verdade. desde o baixo à letra (que letra!).

Video: http://www.youtube.com/watch?v=pq-yP7mb8UE

segunda-feira, 30 de junho de 2008

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Euro 2008

Após o choque, infelizmente, habitual diário das noticias vindas do Zimbabwe (de referir que a noticia foi retirada do Times online) gostava de fazer uma reflexão sobre o Euro 2008. Desde a prestação de Portugal às surpresas e melhores jogadores.

Começando pelas exibições da selecção nacional, pouco posso acrescentar ao que fui lendo nos jornais, tanto a nível nacional como internacional, Ronaldo apresentou-se cansado (o que é perfeitamente natural tendo em conta a grande época que fez) e Portugal ressentiu-se da falta de um avançado. Apesar de considerar o Europeu de Nuno Gomes razoável, ele nunca chegará aos pés de um Ruud, Villa, Klose, etc. Tudo avançados que decidem jogos com golos importantes, avançados no verdadeiro sentido da palavra (e não jogadores-que-jogam-à-frente-virados-de-costas-para-a-baliza-para-abrir-espaços). A notícia de Scolari no Chelsea pode ter prejudicado um pouco a concentração e motivação dos jogadores, mas não penso que seja a justificação para os erros defensivos (morte ao Paulo Ferreira) que cometemos contra a Alemanha. Foram erros infantis e inadmissíveis numa selecção com a experiência de Portugal. Para terminar destaco as exibições de Pepe (para mim grande surpresa) e Deco, regulares e combativos, muito bom Euro destes dois estrangeiros.

Agora abordando o Euro de forma geral, acho que assistimos a uma realidade que vem a tornar-se cada vez mais evidente, as defesas estão mais fracas (logo quem tem uma forte chega longe) e os finais de época cada vez mais penosos a nível físico. Outro aspecto relevante, em termos globais, foram os erros grosseiros de arbitragem. Desde foras-de-jogo, a dualidades de critérios, penaltis e agressões não sancionadas, houve um pouco de tudo, numa clara tentativa dos árbitros em deixar jogar (erro grande quando os árbitros não estão habituados a faze-lo durante a época regular, com a excepção dos britânicos).

Para mim as grandes surpresas foram a Espanha e a Turquia. A Espanha, porque nunca pensei que chegasse à final, independentemente de ganhar ou perder o Euro os espanhóis mostraram maturidade e muita qualidade de jogo, com muitas soluções no banco e uma mentalidade "estranhamente" ganhadora. Grande trabalho psicológico de Aragonés, que não é o meu treinador favorito mas é de tirar o chapéu o trabalho que ele fez com esta selecção. A Turquia por tudo o que é acreditar e lutar até ao fim por um resultado positivo, não, não é sorte, chama-se GARRA. Se a França, a Itália, ou mesmo Portugal tivessem 1/5 da vontade destes jogadores qualquer uma poderia estar na final do Euro. Impressionante o querer, a união, a força mental, o trabalho de Terim. De referir também os jogadores de qualidade que se mostraram aos olhos da "Europa".

As grandes desilusões são obviamente a França, a Itália e a Grécia. A França mostrou estar velha e dependente de jogadores que têm o rei na barriga e idade para ter juízo. A arrogância do seu treinador não foi compensada com um acréscimo de motivação para os seus jogadores, a França jogou mal, desmotivada, cansada, rendida às evidências. A selecção francesa tem de ser renovada. A Itália, para grande pena minha, mostrou que o seu futebol perdeu identidade, já não é clássico catenaccio (ah saudoso Trappa) nem é um futebol "moderno", é algo insípido e muito fraquinho. É certo que contra a Espanha faltou Pirlo (nitidamente o melhor jogador da actual equipa) mas não chega para justificar a pobreza de futebol praticado pela squadra azzurra. A Grécia, nem preciso de me alongar, 3 jogos = 3 derrotas para a "ainda" actual campeã europeia (caiu-me uma pequena lágrima de raiva no teclado).

Vou concluir a minha análise com o que para mim foi o melhor onze do Euro (antes da final):
- Guarda-redes => Casillas (sem duvidas)
- Defesa direito => Sérgio Ramos (há muito que digo que é o melhor do mundo, incrível o jogo que fez contra a Rússia)
- Defesa esquerdo => Lahm (não é o meu estilo de jogador - não sabe defender - mas merece)
- Defesa central => Pepe (tudo dito)
- Defesa central => Chiellini (bom jogador)
- Médio defensivo => Senna (que classe...)
- Médio centro => Antilop (costuma jogar à direita, mas jogou no meio 3 jogos, grande jogador)
- Médio centro => Ballack (como me custa, odeio este gajo)
- Extremo direito => Arda (grande surpresa do Euro para mim)
- Extremo esquerdo => Silva (outro jogador que não é dos meus favoritos, mas inteiramente merecido estar no onze ideal)
- Avançado => Pavlyuchenko (que grande avançado, bom remate, bom sentido posicional, bom jogo de cabeça, lutador, ...)

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Addressing his last rally before polls open for the surreal one-horse race, Mr Mugabe told supporters that he would be magnanimous in victory and willing to talk with the opposition.
“Should we emerge victorious, which I believe we will, sure we won’t be arrogant, we will . . . say ‘Let’s sit down and talk’, and talk we shall,” he told the crowd on the outskirts of Harare. “So there it is, let the MDC reject it or accept it. We will continue to rule this country in the way we believe it should be ruled. This is an African country with responsible leaders.”
The renewed offer from Mr Mugabe came in spite of the insistence of Morgan Tsvangirai that the time for talking would be over if the election went ahead. In an interview from his hiding place at the Dutch Embassy in Harare, the opposition leader told The Times that as soon as Mr Mugabe declared victory he would become the illegitimate leader of Zimbabwe. “And I will not negotiate with an illegitimate leader,” he said.
Last night Zimbabweans, many of whom work far from home, were returning to their villages and townships after receiving threatening summonses from the ruling Zanu (PF) to report before the vote. Farm workers in Chegutu, southwestern Zimbabwe, said that they had been told to arrive at polling stations at 6am, an hour before voting begins, and stay there until after the results were posted.
“If there is one MDC vote they will find that person and cut off his or her head,” Ben Freeth, a white farmer quoted his workers as telling him. “ ‘It is a serious threat’ were the words that they used to tell me.”
The same message was delivered to voters in Chiredzi, in the southeast of the country, who were handed serial numbers of their ballot papers and told that their votes would be traced and punishment meted out if they were found to have voted the “wrong way”.
Mr Tsvangirai urged his supporters not to risk further harm and obey the instructions, with reassurances that the international community would never accept Mr Mugabe’s victory. Nigeria last night joined the chorus of African nations calling for a postponement of today’s vote. “They should go,” Mr Tsvangirai said. “If they even vote for Zanu (PF), if they even vote for Mugabe, what does that change? Even if he gets 90 per cent it’s not different from Saddam Hussein, 99.9 per cent of forced voting. What difference will that make?” he told the BBC World Service.
On Wednesday night more than 300 opposition supporters had taken refuge at the South African embassy in Harare, where officials were struggling to cope. “We don’t have any facilities to take care of these people, so we are doing our best,” Willem Geerlings, an embassy spokesman, said.
In past weeks victims of the political violence, which has claimed at least 90 lives, have taken refuge at the office for the Movement for Democratic Change in Harare. Police raids have left the opposition unable to guarantee them sanctuary. Mr Tsvangirai was forced to flee to the Dutch Embassy on Sunday night when armed soldiers arrived at his house.
His deputy, Tendai Biti, the MDC general secretary, has been charged with treason. Mr Biti was released on bail last night from prison, but had to surrender his passport. George Sibotshiwe, Mr Tsvangirai’s spokesman, fled to Angola this week after he spotted armed men approaching the safe house where he was staying. Other top opposition officials are also in hiding, including Mr Tsvangirai’s campaign manager. The party headquarters in central Harare was abandoned after a police raid this week.
The vote has been condemned as a farce after Mr Tsvangirai’s withdrawal because of the extreme campaign of violence and intimidation waged on his supporters. Mr Tsvangirai predicted that the vote would go ahead with maximum turnout. “There will be massive frogmarching of the people to the polling stations by force,” he said. “There could be a massive turnout, not because of the will of the people but because of the role of the military and the traditional leaders to force people to these polls.”

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Back to reality

"Sorrindo olhaste-me. Percebi que me ias deixar, os teus olhos denunciaram o teu pensamento, querias beijar-me. Imaginei os teus lábios suaves, fechei os olhos. Contentei-me com o simples acenar da tua delicada mão. Deixou-me feliz. O cheiro do teu cabelo ficou comigo mais tempo do que a minha lembrança pode identificar. Perdi-me em tudo, na tua forma, no teu cabelo, dormi a teu lado, ou talvez sozinho. Foi tudo demasiado perfeito."

terça-feira, 24 de junho de 2008

Porquê?


Tenho mantido a minha cabeça ocupada com um assunto, e hoje voltei a ler sobre ele e continuo a pensar na mesma coisa. Poderá surpreender-vos que o assunto a que me refiro sejam as eleições no Zimbabwe, mas é a mais pura das verdades. Geralmente os problemas africanos (aqueles que quase todos os países deste continente passam, Angola, Congo, Zaire, Argélia...) acabam por, infelizmente, passar desapercebidos aos meus olhos e ouvidos, mas o Zimbabwe, talvez pela sua causa surgir numa fase tão depressiva da economia mundial, sensibilizou-me de um modo especial. Por mais que consiga encontrar inúmeras razoes para criticar os povos africanos, pela sua inércia e submissão histórica aos países Europeus numa primeira fase, e posteriormente aos ditadores que se espalharam e se mantiveram no poder, seria fácil encontrar no Zimbabwe um qualquer outro exemplo comprovativo desta teoria. A minha falta de informação e cultura não me permite entrar em detalhes comparativos da história de cada um dos países do continente negro, mas permite-me ficar chocado com a hostilidade, violação dos direitos humanos e injustiça (ao jeito do filme Hotel Ruanda) que se vivem no Zimbabwe. A insanidade de Mugabe não me deixa indiferente, citando o próprio: "Ninguém me irá tirar do poder do Zimbabwe, foi destinado por Deus". A escolha de se opor ao seu regime nas "eleições" que decorrem é punida com, nada mais, nada menos, que morte ou tortura (passando por queimar as casas de "traidores" ou matar toda a família dos "infiéis"). A pergunta que me faço depois de ler todas as atrocidades que decorrem neste pais é: "Onde está a Europa e os Estados Unidos? O que se passa no Afeganistão ou no Irão é mais grave?". Não me lixem, falta petróleo ao Zimbabwe.
Deu-me a vontade de fazer voluntariado e ir para a Africa, muitas vezes já me passou pela cabeça, pena não ter a coragem, eu acho que a tenho mas a verdade é que estou em Paris a trabalhar na Eurosport e não no Zimbabwe. Não sei o que possa fazer para ajudar, mas pelo menos escrevendo este texto medíocre posso sensibilizar alguém que se deixe emocionar com a história.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

PPAX 2


quarta-feira, 18 de junho de 2008

PPAX




terça-feira, 17 de junho de 2008

Lógico

Um polícia segue um bêbedo até uma casa de banho pública. Conforme entra, depara-se com o bêbedo a mijar contra a parede a dois passos da porta e grita-lhe: - Ouça lá! Mas que vem a ser isto? Não está a ver que tem um urinol a coisa de três metros? - Fodasse... E você julga que isto que eu aqui tenho é o quê, uma mangueira?

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Porquê Portugueses?

Portugal está nos quartos de final. Os portugueses exaltam e estamos todos orgulhosos daquele grupo de pessoas que jogam futebol, esse desporto que todos criticam um pouco por todo o lado. Cada jornal português on-line que se preze contem uma panóplia de comentários de pessoas a criticarem que estejamos contentes por Portugal jogar bem futebol e não nos preocuparmos (que em português significa "ficarmos tristes") com os problemas que o pais atravessa. O nosso povo só está bem estando mal, esta contradição é a sina do português. Se as pessoas se dessem ao trabalho de pensar que trabalhando e acreditando que poderão ter alguma coisa melhor para elas, e consequentemente para o pais, seríamos todos muito mais felizes. Eu defendo que se acreditamos muito numa coisa poderemos consegui-la, não como num filme americano, na vida real e em coisas simples e praticas. O português em vez de lutar por algo melhor, contenta-se com uma constante lamuria vergada aos seus problemas.
Adoro a lógica seguida de que não posso ficar contente com as vitórias da selecção porque os camionistas bloqueiam as estradas do pais. Adoro que se critiquem os emigrantes por vibrarem com a selecção só porque não estão em Portugal. Em vez de festejar as vitorias de Portugal em paris devia estar numa estrada qualquer do nosso pais dentro de um camião ou então a falar com o governo (porque é sempre culpa dele) sobre o mau estado da minha conta bancária e dos buracos que tenho lá na rua do meu bairro. Tenho uma boa expressão para vocês (e perdoem-me o português, sou emigrante): Vão se foder.
Olhem para o Cristiano Ronaldo, que no auge da ignorância de alguém que não teve oportunidades de estudar em colégios e/ou universidades, acreditou que podia ser o melhor jogador de futebol do mundo. E é. Porque trabalhou para isso, porque nunca se sentiu inferior a ninguém, aquela "arrogância" até lhe fica bem, ele tem orgulho no que faz. Se cada um de vocês tivesse orgulho no seu trabalho, seja ele limpador de ruas, seja CEO de uma qualquer empresa grande, talvez os camionistas não estivessem a bloquear as estradas e eu não estivesse em Paris. E não me venham dizer que o Ronaldo (ou outro qualquer jogador de futebol) só trabalha assim porque ganha muito dinheiro. Acham mesmo que ele não gosta de jogar futebol? Acham que ele quando tinha 12 ou 13 anos pensava ganhar o que ganha hoje? Acham que a motivação dele para ser o melhor do mundo e ganhar o europeu com Portugal é o dinheiro? Não me lixem. O dinheiro ajuda (a todos, não só aos jogadores de futebol), mas ninguém pode pagar ouvir da boca dos franceses e alemães que o melhor jogador do mundo é ele, o NOSSO Cristiano.
Concluindo, o futebol hoje em dia em Portugal poderia (mesmo depois do Euro 2004) ser o mote para o nosso povo começar a ter algum orgulho e vontade de mudar as coisas para melhor, a todos os niveis. Eu sei que o mundo não é cor-de-rosa, existem casos verdadeiramente complicados, mas o mundo também não será com certeza negro. Por isso, vou continuar a acompanhar a selecção com orgulho, com o meu equipamento, em Paris com os portugueses que mal falam português, a apitar o meu apito e a ouvir de todos os que trabalham comigo os parabéns pelas vitórias.


quarta-feira, 11 de junho de 2008

Ganhemos




segunda-feira, 9 de junho de 2008

PORTUGAL!!

Objectivamente, depois deste fim-de-semana em Genebra, posso afirmar que adoro Futebol. Quando vi as fotografias Domingo de noite no comboio de volta a Paris fiquei de sorriso na boca a pensar que, para além de sermos os melhores adeptos do mundo (e quem sabe da Europa), temos talvez o grupo de amigos mais estupidamente bom do universo. Desde que pus um pé no comboio percebi que íamos ganhar o Euro, desportiva e pessoalmente. Foi sempre a varrer desde sexta até domingo, sobrou muito pouco para contar em Genebra.

Aguardem-me para o próximo fim-de-semana, agora é Basileia que vai abaixo. Pelo meio ganhamos à Republica Checa com a força do grupo deixado na Suiça (para enorme pena minha). Miguel, Frade, Pombo, Zé, Mago, Fred e Vasco, esta quarta estão por vossa conta.

Viva Portugal, a caminho da vitória no Euro 2008 ("it's all over the newspapers")

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Vergonha

O que se passa neste momento no futebol português é triste.
Nos últimos anos é claro e sabido que a corrupção no FCP (não falo da cidade Porto, para os mais distraídos) é praticada sem esconderijos ou barreiras. Basta relembrar os vários anos em que ganharam campeonatos com decisões estranhas e duvidosas, envolvidos num ambiente regional e fanático que os transportou a ser, admito sem qualquer tipo de problemas (até porque é obvio), a melhor equipa portuguesa da actualidade.
Há algo que me deixa ainda mais enojado que a própria corrupção, é a falta de "tomates" para admitir quando erramos, ou mesmo a falta de capacidade de sabermos quando estar calados. Para os mais desatentos, existem provas (sublinho, PROVAS) de que o FCP, pela parte de indivíduos como o próprio presidente (o mesmo que se riu na televisão por lhe tirarem 6 pontos porque tinha 20 de avanço) tentou comprar árbitros e outros dirigentes com o objectivo de alterar resultados a favor da sua equipa. Eu sei que PC deve ter uma estratégia bem delineada para escapar à prisão (algo que Moggi não conseguiu), mas poderia pelo menos ter a dignidade (se é que ele conhece a palavra) de se demitir. O seu fim irá ser penoso, acabaremos por ter pena dele, e eu não quero ter pena, quero ter nojo dele (como tenho agora).
O FCP, como clube, tem como história os anos em que foi dirigido por PC neste clima de corrupção, bairrismo e fanatismo desproporcionado. O desporto deve por excelência, ser rodeado de desportivismo, rivalidade competitiva e veracidade desportiva. O FCP representa exactamente o contrário, é como um partido político, e eu detesto a politica.
Se foi o FCP que trouxe Portugal de novo à Europa do futebol, é também o FCP que corre em todos os jornais europeus (e mundiais) a manchar o nome do nosso pais. Eu acredito no Karma, o que fazemos de errado ou certo irá reflectir-se na nossa vida / existência, mais cedo ou mais tarde. A vergonha que é o FCP está à vista de todos os que querem ver, a queda está a acontecer. Lamento pelos adeptos de futebol que simpatizam com o FCP (contam-se pelos dedos), porque provavelmente não colaboram com a doença que PC alastrou pelo pais.
Tenho pena que os adeptos do SCP, muitos deles meus grandes amigos, não vejam que o problema não está no Benfica, acho excelente que cultivem uma rivalidade saudável connosco, da qual eu mantenho também, pena tenho é que não queiram perceber que o que se passa no FCP é uma vergonha, chama-se descriminação, quase racismo e doença contra as pessoas da "capital", em particular do Benfica porque nos lhes fizemos frente. Talvez depois de se revelar toda a história do famoso "apito dourado", os adeptos do SCP se unam no repúdio às pessoas do FCP (não da cidade Porto, volto a referir).
Devo dizer que, na minha opinião, Portugal deveria ser castigada e perder uma equipa da liga dos campeões, mesmo que isso "prejudique" o meu Benfica. Eu sou justo e acho que deveríamos todos pagar porque colaboramos, sem questionar, com um regime "ditatorial" no futebol português durante anos demais.
O argumento utilizado pelo presidente da nossa federação de futebol (ANORMAL, demite-te em conjunto com o PC) é vergonhoso. Diz ele que se os clubes italianos não ficaram fora das competições europeias no ano em que se deu o "calciocaos", então, e equitativamente (adoro quando estes broncos de merda falam caro) o FCP também não deveria ficar afastado. Se bem percebo, a lógica de Madail é que se alguém é corrupto e não é castigado, todos podemos ser corruptos. Para além da bela imagem que deixa (apesar das palavras caras que provavelmente cuspiu de um qualquer discurso escrito por um assessor de estado) mostra o desconhecimento e ignorância total face à lei, que alterou precisamente após o calciocaos para evitar que clubes acusados e CONDENADOS por corrupção possam jogar as competições europeias.
E já agora, se o madail quer celeridade na condenação do FCP em consoante com o calciocaos, desça o FCP de divisão e dê o titulo de campeão ao SCP.
Tenham vergonha e dêem a cara por algo de que foram acusados, é tudo o que se pede.

Só espero que isto seja um prenúncio, a Itália ganhou o mundial no ano do calciocaos...
Viva o futebol e viva a selecção!!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Strength

"Difficulties mastered are opportunities won."

Desporto ao serviço do trabalho

Ontem recebi de manha o agradável convite da parte do meu patrão para passar a tarde no Roland Garros. O espaço é muito giro, a companhia foi boa, Emilie e Bastien, e ainda vi dois jogos agradáveis. O primeiro segundo me constou opunha alguém à Ivanovic, sinceramente não me lembro se estavam a jogar ténis, mas o equipamento dela é espectacular. O segundo jogo até vi o adversário do Nadal, mas era como se não tivesse visto tal foi a superioridade do Rei de Roland.

Depois da tarde simpática encaminhei-me para o Stade de Frace com o objectivo de ver o França - Colômbia. Fomos eu David, Nuno e Emilien (de notar que fomos com um francês). O ambiente estava engraçado (79000 pessoas) e não conseguimos evitar a simpatia pela Colômbia, de referir que continuo sem gostar destes egocêntricos de merda. O jogo foi fraquinho mas as cervejas no final deram-nos uma boa recompensa.

Deixo ilustrações do fim-de-semana:


segunda-feira, 2 de junho de 2008

"Music is...

...the voice that tells us that the human race is greater than it knows."
N.P.

Sàbado

A juventude é eterna, o amor quando é verdadeiro é lindo e a banheira é o sítio certo para o descanso.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Timing

"Ability is nothing without opportunity."
N.P.

"Aldeia global"?

Cada vez que me dou ao trabalho de abrir a página on-line do Publico deparo-me, para meu desgosto, com notícias referentes à actualidade social e politica portuguesa, bem como a estrangeira vista pelos olhos e mãos dos jornalistas portugueses. A visão exterior (privilegiada) permite-me ler as notícias sem estar no seu contexto, dá-me a capacidade de perceber o quão ridícula e ignorante é a nossa "classe politica / jornalística". Se, desde já, ao observar as pessoas em causa (deputados, ministros, "jet set", escritores, colunistas, etc.) consigo retirar a enorme incompetência e "pequenez" neles presente, ao ter o trabalho de ler o que se escreve / diz no parlamento / opinião publica (ou publicada) torna-se nítida e escandalosa a ineficácia e incoerência que paira sobre o nosso pais perante uma população completamente indiferente e inerte.

É certo que as pessoas hoje em dia vivem dentro de cápsulas, dentro de um mundo muito próprio. Não falo só de Portugal (critica por demais feita mas ainda incompleta), cada um se preocupa apenas com os seus assuntos, questões, dúvidas ou problemas. Vivemos num mundo egoísta, falso e hierarquizado. A preocupação de um cidadão (podemos pensar num português, é mais fácil) é ter ou não lugar para o carro ao pé de casa. Incomoda-lhe o preço da gasolina, mas não se lembra do Mercedes na sua garagem, que de longe não poderia comprar, símbolo de um "status" que não possui. Hipócritas.

Ninguém se preocupa com nada, mea culpa. A política mundial é o reflexo da sociedade global cansada e rendida ao egoísmo. Se criticar Portugal é fácil, e também divertido, o resto do mundo sofre também da mesma síndrome. A chamada "aldeia global" (conceito falso, ilusionista, que nos faz pensar que temos o mesmo acesso a informação bem como a mesma importância que um americano) aquece os nossos ouvidos com uma divisão por todo o mundo dos problemas da nossa rua. Alguma vez alguém no Reino Unido se preocupa se assaltarem o meu apartamento na Av. De Roma? Alguma vez alguém na Av. De Roma se preocupa com o Palestiniano que perdeu uma perna num atentado em Israel? Obviamente que não. Mas o António que vive no Areeiro preocupa-se com o apartamento assaltado, porque podem vir assaltar o dele. Tal como outro qualquer Palestiniano se preocupa com o camarada vítima do estilhaço, porque não quer ele mesmo perder nenhum membro do seu corpo. É isto a "aldeia global"?

Quem, no seu perfeito juízo, se preocupa mais com o cigarro fumado pelo seu PM a bordo de um avião fretado do que com a visita de estado a um pais que está nas "bocas do mundo"? Talvez os mesmos que chamam aos americanos ignorantes e incultos por não saberem onde fica Portugal, ou os mesmos criticam os franceses por terem o seu presidente em toda e qualquer publicação acompanhado da sua "conquista". Estamos todos no mesmo saco. O saco da "Aldeia Global". É um saco pesado e inútil que as próximas gerações irão carregar até à exaustão.