Tenho mantido a minha cabeça ocupada com um assunto, e hoje voltei a ler sobre ele e continuo a pensar na mesma coisa. Poderá surpreender-vos que o assunto a que me refiro sejam as eleições no Zimbabwe, mas é a mais pura das verdades. Geralmente os problemas africanos (aqueles que quase todos os países deste continente passam, Angola, Congo, Zaire, Argélia...) acabam por, infelizmente, passar desapercebidos aos meus olhos e ouvidos, mas o Zimbabwe, talvez pela sua causa surgir numa fase tão depressiva da economia mundial, sensibilizou-me de um modo especial. Por mais que consiga encontrar inúmeras razoes para criticar os povos africanos, pela sua inércia e submissão histórica aos países Europeus numa primeira fase, e posteriormente aos ditadores que se espalharam e se mantiveram no poder, seria fácil encontrar no Zimbabwe um qualquer outro exemplo comprovativo desta teoria. A minha falta de informação e cultura não me permite entrar em detalhes comparativos da história de cada um dos países do continente negro, mas permite-me ficar chocado com a hostilidade, violação dos direitos humanos e injustiça (ao jeito do filme Hotel Ruanda) que se vivem no Zimbabwe. A insanidade de Mugabe não me deixa indiferente, citando o próprio: "Ninguém me irá tirar do poder do Zimbabwe, foi destinado por Deus". A escolha de se opor ao seu regime nas "eleições" que decorrem é punida com, nada mais, nada menos, que morte ou tortura (passando por queimar as casas de "traidores" ou matar toda a família dos "infiéis"). A pergunta que me faço depois de ler todas as atrocidades que decorrem neste pais é: "Onde está a Europa e os Estados Unidos? O que se passa no Afeganistão ou no Irão é mais grave?". Não me lixem, falta petróleo ao Zimbabwe.
Deu-me a vontade de fazer voluntariado e ir para a Africa, muitas vezes já me passou pela cabeça, pena não ter a coragem, eu acho que a tenho mas a verdade é que estou em Paris a trabalhar na Eurosport e não no Zimbabwe. Não sei o que possa fazer para ajudar, mas pelo menos escrevendo este texto medíocre posso sensibilizar alguém que se deixe emocionar com a história.
Deu-me a vontade de fazer voluntariado e ir para a Africa, muitas vezes já me passou pela cabeça, pena não ter a coragem, eu acho que a tenho mas a verdade é que estou em Paris a trabalhar na Eurosport e não no Zimbabwe. Não sei o que possa fazer para ajudar, mas pelo menos escrevendo este texto medíocre posso sensibilizar alguém que se deixe emocionar com a história.
1 comentário:
Sensibilizado... no comments... está tudo dito.
Enviar um comentário