terça-feira, 26 de agosto de 2008

Vira o disco e toca o mesmo


Os jogos olímpicos terminaram e o Camilo e a Lui partiram juntos para Lisboa. Não é justo tirarem-me tantas coisas ao mesmo tempo.

Jogos Olímpicos: uma palavra de apreço para o Nelson, grande prova, grande carácter, grande orgulho, és o maior. Phelps = Deus (afinal ele existe, e nada de car*), bem roubada uma das finais, mas ele merecia. Bolt = Extraterrestre, a final de 100 metros foi embaraçosa para quem lá esteve e não se chamava Usain Bolt, e os 4x100 metros jamaicanos foram demolidores. À China, os meus honestos e sinceros parabéns, pela cerimónia, pela performance e por toda a organização, o dinheiro investido ajuda, a mentalidade também, a ditadura também, e o Tibete é a cereja no topo do bolo. Ah, o Tibete.

Pedro Camilo e sua Lúcia: descobri uma coisa com a estadia de tais personagens (para além de que o Emílio me faz falta), tenho na minha vida, metaforizando, hiperbolizando (e tudo e mais alguma coisa acabado em ando - com a excepção de Fernando e trauteando), que tenho um anjinho bom e um diabo mau, são eles, respectivamente, o Emílio e o Miguel. O Emílio traz estabilidade, quando eu tenho uma ideia extremamente parva ele chama-me à razão, quando tenho duvidas entre fazer a maior estupidez do mundo ou ficar como estou, ele sugere ficar como estou, é o meu lado bom, o lado em que não arrisco, o lado em que estou seguro. O Miguel é exactamente o oposto (e por isso eu gosto tanto dele - sem desvalorizar o Emílio - sempre gostei mais do diabo do que do anjo, até porque considero o primeiro bem mais real que o segundo), a destabilização, a voz do pecado, o incentivo a fazer a coisa mais estúpida, a arriscar sem pensar no final. Digamos que no preciso momento estou a encontrar o equilíbrio, talvez a palavra mais utópica jamais inventada (e esta existe em todas as línguas, não é como "saudade", essa só nós é que compreendemos).

Sabem qual é a maneira mais bonita de se suicidarem (quando digo bonita estou a menosprezar tal obra de arte, não é bonita, é perfeita)? Eu digo-vos: Feist - The Reminder. Adoro tudo, a perfeição encontrou a Feist. Já sei quem será a mãe dos meus filhos, e qual a banda sonora.

Até mais fieis leitores

1 comentário:

Anónimo disse...

esse diabo deve ser mesmo estupido!

ass:diabo