terça-feira, 8 de julho de 2008

Ciclo da vida

A vocês também vos irritam as relações? Ora analisando as coisas friamente - que é como tudo deve ser analisado - a relação entre duas pessoas - digo pessoas porque hoje em dia serei acusado de discriminação se falar apenas do amor heterossexual - segue um padrão entediante, onde se perderam valores e respeito. O inicio é verdadeiramente extraordinário, tudo parece correr bastante bem, ambos os intervenientes - espero não estar a discriminar os adeptos do "ménage a trois" - ignoram os ciúmes, toleram todos os defeitos, fazem tudo o necessário para deixar bem o/a seu/sua companheiro/a. É no inicio da relação que gastamos todos os créditos, não largamos a pessoa em causa - ou animal, ouvi na televisão que agora também se podem ter relações com animais, peço desculpa pela discriminação - sufocamos o/a nosso/a companheira por forma a mostrar o quão apaixonados estamos. Passemos à fase seguinte, a saturação, é a minha preferida. O primeiro sintoma verifica-se quando num esporádico encontro com os nossos amigos - esporádico porque nos últimos tempos temos andado ocupados com a/o nossa/o companheiro - dizemos depois de 10 cervejas: "Não posso com a merda do melhor amigo dela" ou "Aquela forma de coçar o ombro dá-me vontade de a/o matar". É aqui que as coisas começam a complicar, deixam de estar tantas vezes juntos, discutem por culpa de um garfo, insultam tudo o que os rodeia, mas ainda têm uma tábua de salvação, na cama tudo funciona bem. É então que passamos à terceira e ultima fase, é semelhante à segunda - talvez com mais insultos e menos tempo juntos - mas já nem o sexo funciona. A terceira fase termina oficialmente quando depois de uma reunião com os amigos - e em vez de 10, bebem-se 20 cervejas - dizes: "Que se lixe a minha ex-namorada/o, aquela/e gaja/o não é para mim".

Qual é a piada disto? Só há uma coisa para a qual preciso de encontrar uma saída, quero ser pai. A data está marcada para o próximo ano, o ideal será convencer uma rapariga inteligente, bonita e em que eu tenha confiança, a ter um filho meu e a criarmos o miúdo num clima de amizade e amor (obviamente sem termos uma relação). O plano está feito, tenho de arranjar alguém que alinhe, não vai ser fácil, por dois motivos muito fortes: 1) Não há raparigas inteligentes e bonitas; 2) contudo se houvessem, seria extremamente difícil convence-las a ter um filho meu. Acabarei portanto por ter um filho com alguma rapariga ou bonita, ou inteligente ou feia e burra.

Ainda tocando no tema das relações, nunca percebi porque é que as pessoas por e simplesmente não ficam amigas e estão juntas de vez em quando. O que atrapalha é apaixonarmo-nos, mas isso está completamente fora de moda, entrar numa relação não é cool. Eu estou a tentar destruir os meus sentimentos, estou num processo complicado mas realista.



Até breve Lisboa.


2 comentários:

Fi disse...

Nao seriam estas as palavras que escolheria mas até que nem descreveste assim tão mal as relações!!! Mãe não serei, talvez também não preenchesse os requisitos, mas pelo menos para madrinha e/ou babysitter podes contar comigo! So não sabia é que estavas a apontar ja para o proximo ano!...

Anónimo disse...

excelente !!!
so uma pequena questao : n sera melhor chegares a adulto e ai sim teres um filho !? :P
aquele