quinta-feira, 31 de julho de 2008
quarta-feira, 30 de julho de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
The answer
Descobri que o mundo é demasiado pequeno para mim. Parece grande, cheio de culturas diferentes, paraísos gastronómicos, paisagens incríveis, mas não. É pequeno, sufocante, é no fundo uma pequena esfera (sei de fonte segura - logo não foi no wikipédia - que o planeta onde vivemos tem esta forma) colorida, onde em pequenos pontos podemos ver montanhas, monumentos, estradas e outras construções humanas (eu sei que as montanhas são parte da natureza, não se preocupem caros fieis leitores). Neste pequeno globo existem milhões de pessoas que procuram uma identidade, uma maneira de serem felizes no pequeno (minúsculo) ponto onde se encontram. Formam-se sociedades, culturas, partidos, equipas, grupos de indivíduos que procuram uma justificação para estarem todos reunidos nesta bola. O que é que todas estas formas de vida procuram? Uma resposta. Todos nós, no nosso trabalho, nas nossas viagens, na nossa família, na nossa casa, no nosso circulo, em cada loja, em cada pequeno edifício, no meio de uma qualquer floresta, numa estrada, num caminho, procuramos A resposta, a que justifica a nossa vida, o porquê de nos unirem nesta esfera diabólica, o porquê de estarmos felizes, tristes, irritados, desiludidos, frustrados, deliciados, satisfeitos, cansados, porquê? Sem nunca ter procurado nos inúmeros livros filosóficos que abordam o tema que move o mundo, eu encontrei A resposta, é A minha resposta. Não pesquisei, não me informei, encontrei A resposta por acaso, num encontro ao acaso, num qualquer sítio, num qualquer momento.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
The Way, my Way, my Hope
Passo no caminho estreito e destruído, a tua imagem faz-me não desistir. A luz no fundo do túnel, a esperança por trás da sinuosidade de um percurso quase impossível. Estiveste sempre lá, avisaste-me todas as vezes, na minha cabeça ecoa a tua voz doce e protectora. A tua voz como um raio que atravessa o meu corpo e me deixa exposto às dificuldades do exterior, do caminho. Sem saber porquê, como ou quando, pinto-me num quadro feliz, com uma escuridão assustadora que me transmite uma imensa tranquilidade. Não duvido que o caminho seja a minha cruz, o caminho tão estreito com que me deparo, onde mecanicamente o meu corpo se supera, como se alguém procurasse que chegue ao seu fim. Este caminho de espinhos, obstáculos que ultrapasso com a suavidade da tua mensagem, com a doçura da presença ausente do teu sorriso. Uma esperança, uma esperança, é o que nos move, o que nos motiva, é o que me leva a percorrer forte e sereno o caminho que complicou a minha saída. E que caminho.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Fear is the heart of love
"If Heaven and Hell decide
That they both are satisfied
Illuminate the NOs on their vacancy signs
If there's no one beside you
When your soul embarks
Then I'll follow you into the dark"
http://www.youtube.com/watch?v=sfBw0IWwO5U
Hã? O regresso
Não compreendo porquê, mas sei porquê. É como não perceber como, mas saber como. Sei que pode parecer confuso, até pouco transparente, é como querer mas não apetecer. Pensando melhor não é assim tão pouco claro, é talvez abstracto. No entanto, mesmo não estando completamente a par, posso dizer-vos que estou perfeitamente consciente de que sei a razão. Só não sei o motivo, mas percebo a motivação. Concluindo, não percebo nada.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Hã?! Duh !
Não percebeste o que é mergulho de garrafa? Não que tenha muita lógica (eu adoro dizer coisas completamente disparatadas, sou capaz, imagina tu, de estar para aqui a escrever coisas perfeitamente inúteis, estúpidas e sem sentido durante meia hora, é um dom que tenho, Deus deu-me esta oportunidade e eu, mesmo não sendo religioso, até porque a religião me deixa mais confuso do que os textos tresloucados que escrevo, respeito a vontade do Senhor, por falar Nele, nunca percebi porque lhe chamamos Senhor - muito menos a letra grande antes de qualquer referencia ao Gajo - se o Vale e Azevedo, para alem dos vários apelidos que tem é Senhor Doutor, é estranho, onde está a lógica de um crápula - que insulto tão original e pouco comum - como o Vale e Azevedo ter mais apelidos e títulos que Deus, o Próprio e Único. Deus devia ser Deus Espírito Santo d'Avellez e Valle, e quando nos dirigíssemos a Ele devíamos trata-Lo por Excelentíssimo Senhor Doutor Engenheiro Deus Espírito Santo d'Avellez e Valle.)
quinta-feira, 17 de julho de 2008
RIP II, o regresso aos vivos
Às vezes pensamos nas coisas a que damos valor na vida, achamos ridículo o materialismo que invade, involuntariamente, o nosso subconsciente. Os últimos dias fizeram-me dar valor a algo que muito estimo e que o dinheiro não corrompe (ou pelo menos eu quero acreditar que não): a amizade. Evitando falar no obvio, nas pessoas que nos conhecem há anos e que nós sabemos que estarão connosco por muitos mais e que "no mather what" não nos iremos privar delas, queria destacar 2 pessoas que neste momento me apoiaram e me deram o conforto necessário para que Paris não seja um pesadelo (não é de agora o vosso apoio e proximidade, meus velhos resistentes), a minha "namorada" de seu nome David (sim, eu sei que não lês o meu blog, também não me interessa, vives a minha vida portanto não precisas de ler mais nada...) e a Isabelinha, que conseguiu arrancar os primeiros sorrisos do meu passado recente, e sim, eu sei Isabelinha, que não me vais deixar sozinho - foi querido teres deixado cair uma lágrima quando eu fui para casa ontem (mesmo sendo da tua constipação fiquei extremamente sensibilizado).
É meio lamechas e exagerado o meu pequeno texto, eu sei, mas dêem-me um desconto, estou com as emoções à flor da pele, desta vez custou-me deixar Lisboa. Não me perguntem porquê, talvez por tudo ter sido tão "perfeito", talvez por outras razoes, talvez porque eu sou um idiota (citando Miguel Amaral, esse poeta perdido no tempo e no espaço, mas que eu muito estimo). Vivemos tempos de tempestade, pessoas que abandonam o barco parisiense e deixam um buraco nesta cidade maravilhosa, pessoas que devido a causas amorosas e laborais inevitavelmente se afastam deixando um buraco no meu peito (sim Nuno, volta, estás perdoado), pessoas com quem mantemos uma relação amorosa e nos deixam por uma qualquer capital hispânica (posso ir para Madrid também Magboulé? Eu sei que não lês o meu blog), pessoas que deixamos na nossa terra e que tanta, mas tanta falta nos fazem (chamados amigos que não escolhemos, aceitamos), enfim, tempos de tempestade.
É no meio de uma turbulenta chuva com trovoada alojada por cima da minha cabeça (sim, como nos desenhos animados) que me despeço de vocês, com uma amargura natural de quem tem coração lusitano, onde a saudade abrange um povo e uma cultura. Gosto de vocês, pessoas que preenchem a minha vida.
terça-feira, 15 de julho de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Hoje
Hoje estou sensível, por favor pensa antes de dizeres alguma coisa. Não sei se sou só eu, se é a minha memória que se perdeu. Não me faças mal, se tens de fazer isto faz sem eu me magoar, faz sem eu o sentir. Hoje estou sensível. Sinto a brisa matinal entrar pelo meu peito, gela-me o coração. O sol já não ilumina o meu caminho, ele está cinzento, triste e solitário. Não me digas o que pensas, eu hoje estou sensível. As folhas passam pelos meus pés e ignoram a minha presença, elas não querem saber, elas também te pedem para pensares. As árvores baixam-se perante a ansiedade, perante a minha presença indiferente. Estou sensível. Sinto que uma palavra tua pode deixar cair as montanhas no meu corpo suspenso no ar, não estou preparado para ouvir, não hoje. Não sei porquê, não quero perguntas, não quero respostas, quero-te em silêncio, a meu lado. Hoje não consigo pensar que não és minha, quero ficar imóvel e sentir o cheiro do mar misturado na tua pele. Estou sensível, o mar sente, sente a minha fragilidade, sente o poder que tens sobre mim. As ondas vêm leves e beijam os meus pés arrepiados e nus, peço-lhes que não me deixem, que tragam a tua lembrança. Não me digas o que pensas, a tua ausência é para mim tudo, é o que tenho e vou-me agarrar à memória, a que não tenho. Estou perdido num jardim de emoções que não conheço e não quero sentir que não estás aqui. Estou sensível, senta-te ao meu lado, não me digas nada.
http://www.youtube.com/watch?v=0gVxRvNfFLg
terça-feira, 8 de julho de 2008
Ciclo da vida
A vocês também vos irritam as relações? Ora analisando as coisas friamente - que é como tudo deve ser analisado - a relação entre duas pessoas - digo pessoas porque hoje em dia serei acusado de discriminação se falar apenas do amor heterossexual - segue um padrão entediante, onde se perderam valores e respeito. O inicio é verdadeiramente extraordinário, tudo parece correr bastante bem, ambos os intervenientes - espero não estar a discriminar os adeptos do "ménage a trois" - ignoram os ciúmes, toleram todos os defeitos, fazem tudo o necessário para deixar bem o/a seu/sua companheiro/a. É no inicio da relação que gastamos todos os créditos, não largamos a pessoa em causa - ou animal, ouvi na televisão que agora também se podem ter relações com animais, peço desculpa pela discriminação - sufocamos o/a nosso/a companheira por forma a mostrar o quão apaixonados estamos. Passemos à fase seguinte, a saturação, é a minha preferida. O primeiro sintoma verifica-se quando num esporádico encontro com os nossos amigos - esporádico porque nos últimos tempos temos andado ocupados com a/o nossa/o companheiro - dizemos depois de 10 cervejas: "Não posso com a merda do melhor amigo dela" ou "Aquela forma de coçar o ombro dá-me vontade de a/o matar". É aqui que as coisas começam a complicar, deixam de estar tantas vezes juntos, discutem por culpa de um garfo, insultam tudo o que os rodeia, mas ainda têm uma tábua de salvação, na cama tudo funciona bem. É então que passamos à terceira e ultima fase, é semelhante à segunda - talvez com mais insultos e menos tempo juntos - mas já nem o sexo funciona. A terceira fase termina oficialmente quando depois de uma reunião com os amigos - e em vez de 10, bebem-se 20 cervejas - dizes: "Que se lixe a minha ex-namorada/o, aquela/e gaja/o não é para mim".
Qual é a piada disto? Só há uma coisa para a qual preciso de encontrar uma saída, quero ser pai. A data está marcada para o próximo ano, o ideal será convencer uma rapariga inteligente, bonita e em que eu tenha confiança, a ter um filho meu e a criarmos o miúdo num clima de amizade e amor (obviamente sem termos uma relação). O plano está feito, tenho de arranjar alguém que alinhe, não vai ser fácil, por dois motivos muito fortes: 1) Não há raparigas inteligentes e bonitas; 2) contudo se houvessem, seria extremamente difícil convence-las a ter um filho meu. Acabarei portanto por ter um filho com alguma rapariga ou bonita, ou inteligente ou feia e burra.
Ainda tocando no tema das relações, nunca percebi porque é que as pessoas por e simplesmente não ficam amigas e estão juntas de vez em quando. O que atrapalha é apaixonarmo-nos, mas isso está completamente fora de moda, entrar numa relação não é cool. Eu estou a tentar destruir os meus sentimentos, estou num processo complicado mas realista.
Até breve Lisboa.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
terça-feira, 1 de julho de 2008
Death Cab For Cutie
"An eight minute-plus epic, "I Will Posses Your Heart" relies on a steady, chunky bass line as a mixture of ethereal, amorphous piano rattles and woozy guitars fire in the background. Some four minutes into the song, Gibbard's squawk finally enters: "You gotta spend some time, love / You gotta spend some time with me / I know that you will find love / I will possess your heart." Lyrically familiar? Most definitely. But sonically, that's another story. "
é demasiado bom para ser verdade. desde o baixo à letra (que letra!).
Video: http://www.youtube.com/watch?v=pq-yP7mb8UE