terça-feira, 30 de setembro de 2008

Xttttt

A vida é decidida por pequenas coisas. São apenas elas que fazem a diferença entre algo muito bom, muito mau ou indiferente. A sociedade "global", individualista, consumista em que vivemos faz-me debater se realmente devo seguir os meus valores. Os tais valores que representam as pequenas coisas, que fazem a diferença entre o homem e o animal. Se cada cultura tem a suas características próprias, há também quem se esforce em provar que existe um sentimento de grupo, seja ele Europeu, Africano ou Asiático. Eu pessoalmente odeio generalizações, odeio ser mais um, odeio ser comparado. No entanto, contradizendo-me, e aceitando um problema que me caracteriza, adoro rótulos. Globalizamos o mundo, revoltamo-nos contra a pobreza, a guerra, a ganância, a injustiça, revoltamo-nos contra os "outros". Eu não consigo exprimir uma opinião imparcial face aos diferentes assuntos, precisamente porque cada situação, cada pessoa, cada povo, cada cidade, tem qualquer coisa diferente, existe um motivo mais forte do que o que observamos egoistamente do nosso parapeito. Todos temos um motivo, uma razão, um objectivo. Não preciso que me julguem, não preciso que nenhum especialista em "assuntos" me diga o que devo ou não fazer, o que devo ou não pensar, é isso que faz de mim o que sou.

domingo, 21 de setembro de 2008

Ilustração



sábado, 20 de setembro de 2008

Uma semana

Percebi que há uma semana que não escrevo para os meus fieis leitores (dois ou três analfabetos que por azar têm internet). Ao contrário da maioria das semanas passadas na França esta foi agitada. Agitada não, estúpida, também não foi bem estúpida, foi regada de emoções, como é que se diz? Ah, sim, emocionante.


Tomei decisões. Eu. Estão a ler o que eu estou a escrever? Eu tomei uma decisão, aliás várias. Eu. Não me aguento de orgulho, todo eu sou orgulho. Quando vou à casa-de-banho não faço o chichi, faço o orgulho. Consegui enganar uma quantidade de pessoas relativa (suficiente para se considerar um trespasse) e prolonguei o meu contracto na boite onde me encontro até ao final do ano. Uma ligação provisória que me permite auferir uma boa quantia de € e que me deixa numa posição de falso conforto que adoro manter. Primeira decisão. A segunda decisão é confidencial, guardo-a para mim, para a quem eu já contei, para alguém que se interessa. Pista: a casa vai ficar mais pequena. A terceira é onde a coruja faz o ninho, é onde o camelo mete a pata, é o orgulho de um pai. Atirei-me (literalmente) de uma ponte de 103 metros atado por uma corda (sou esperto ou quê?). Acho que lhe chamam Bungee Jumping, eu chamo-lhe Estupidez. Alguma vez já pensaram: "Qual é a coisa mais idiota que posso fazer na vida?", eu sim, e achei que saltar de uma ponte fosse a resposta. Estava certo. Passei por 3 fases: 1) "é hoje" => sabia que ia saltar, sentia o medo mas não me encontrava no local. 2) "é aqui" => olhei para baixo, senti o medo, não queria saltar. 3) "fodasse" => vi alguém saltar. Pânico. Indescritível, não fazia outra vez (a não ser se estivesse muito motivado) mas acho que todos o devem fazer uma vez na vida.


Acho que não tenho mais nada para dizer. Ah, sim. Oiçam a musica numero 8 do cd do Jamie Lidell.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

2009


sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Adeus

Olho através da janela a rua molhada, está coberta de folhas pisadas, estranhos vagueiam sem nexo por entre uma névoa misteriosa. Pouso o copo do whisky violentamente sobre a mesa de madeira velha, destruída pelo tempo, passámos bons momentos, eu e ela. A cadeira range enquanto preparo outra dose, o eco do líquido ocupa toda a sala, a janela abre-se numa brisa passageira. É a minha despedida. Agarro no meu caderno vazio de ideias, reparo nas páginas brancas, ocultas de pensamento, e deixo cair os braços. A caneta usada passeia-se nos meus dedos enquanto eu me lembro daquele dia. A minha tentativa de apagar a memória numa garrafa de sonhos foi inútil, a imagem da dor persegue-me, o cair da noite na minha janela intensifica o meu sofrimento. Deixo-me cair, um peso morto, sem coração, sem força, sem vontade, sem coordenação, apenas com aquela imagem. Fecho os olhos, despeço-me.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Tranquilidade

Depois de dois dias de rock e um derby, nada como um dia de repouso em boa companhia.

Ilustração em breve, e quando falo de rock minto, Justice seja feita.